Artigo
publicado no Suplemento Feminino do jornal
O ESTADO DE S.PAULO
em 13/08/2006
(Foto de capa)
Paternidade fora do padrão
Eles educam seus filhos sem
seguir as tradicionais regras sociais e se orgulham de lhes oferecer uma rotina
diferente
Ciça Vallerio
Alguns pais nadam contra a maré das convenções sociais. Da rotina
diária à educação, esforçam-se bravamente para oferecer aos filhos uma vida
fora dos padrões - sempre com o apoio das parceiras, vale observar. O ator e
diretor de teatro Laerte Asnis é um desses raros exemplares. Por causa de seu
estilo alternativo de criar os rebentos, já encarou olhar torto de familiares e
amigos.
Os seus filhos Gabriel, de 13 anos, e Yuri, de 10, cuja mãe é pianista erudita, foram “concebidos no palco” e convivem numa atmosfera teatral desde bebês. Laerte (foto de capa) criou a Cia de Teatro do Grande Urso Navegante, projeto pelo qual faz adaptações de livros e apresenta as peças em teatros, escolas, hospitais e empresas, de vários cantos do País.
A família forma uma trupe de saltimbancos, na qual cada um tem a sua função. O filho mais velho toca violino durante as apresentações e acompanha a mãe no teclado, enquanto o pai é o ator. O mais novo, em breve, vai assumir o violão. Todos trabalham juntos, na frente e atrás do palco. Os garotos foram alfabetizados em casa. Gabriel só entrou na escola aos 10 anos e foi direto para a quarta série. Aos 7 anos, Yuri foi encaixado na primeira série, já sabendo ler, escrever e fazer contas.
“Meus filhos estudaram ouvindo histórias, músicas - que vão de Bach a Jerry Lee Lewis - e cantigas de roda”, conta Laerte, de 45 anos. Instruíram-se também brincando de jogo da forca, xadrez, entre outros. Durante as viagens, liam placas das estradas, nomes de ruas, embalagens, livros... O mais novo aprendeu matemática ficando à frente da bilheteria durante as apresentações.
Os dois conheceram muitos lugares diferentes: periferias, favelas, acampamentos dos sem-terra, hotéis baratos e caros. Andaram de Fusca, de Mercedes, trem, avião, comeram em botecos, restaurantes de beira de estrada e finos. “Acredito que essa diversidade de informações contribuiu demais para o desenvolvimento do Gabriel e do Yuri. Eles sabem dar valor às coisas”.
Os seus filhos Gabriel, de 13 anos, e Yuri, de 10, cuja mãe é pianista erudita, foram “concebidos no palco” e convivem numa atmosfera teatral desde bebês. Laerte (foto de capa) criou a Cia de Teatro do Grande Urso Navegante, projeto pelo qual faz adaptações de livros e apresenta as peças em teatros, escolas, hospitais e empresas, de vários cantos do País.
A família forma uma trupe de saltimbancos, na qual cada um tem a sua função. O filho mais velho toca violino durante as apresentações e acompanha a mãe no teclado, enquanto o pai é o ator. O mais novo, em breve, vai assumir o violão. Todos trabalham juntos, na frente e atrás do palco. Os garotos foram alfabetizados em casa. Gabriel só entrou na escola aos 10 anos e foi direto para a quarta série. Aos 7 anos, Yuri foi encaixado na primeira série, já sabendo ler, escrever e fazer contas.
“Meus filhos estudaram ouvindo histórias, músicas - que vão de Bach a Jerry Lee Lewis - e cantigas de roda”, conta Laerte, de 45 anos. Instruíram-se também brincando de jogo da forca, xadrez, entre outros. Durante as viagens, liam placas das estradas, nomes de ruas, embalagens, livros... O mais novo aprendeu matemática ficando à frente da bilheteria durante as apresentações.
Os dois conheceram muitos lugares diferentes: periferias, favelas, acampamentos dos sem-terra, hotéis baratos e caros. Andaram de Fusca, de Mercedes, trem, avião, comeram em botecos, restaurantes de beira de estrada e finos. “Acredito que essa diversidade de informações contribuiu demais para o desenvolvimento do Gabriel e do Yuri. Eles sabem dar valor às coisas”.
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